quinta-feira, 15 de abril de 2010

Microcamp é acusada de usar ONG em golpe

O presidente da organização não-governamental (ONG) Educa São Paulo, Devanir Amâncio, está protocolando nesta quarta (14) na Câmara Municipal de São Paulo um pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a venda de cursos da rede Microcamp. Funcionários da escola estariam usando o nome da ONG para oferecer falsas bolsas em cursos de computação e de idiomas da rede. As "bolsas", no entanto, são parciais - o interessado tem de desembolsar R$ 300, em média.
Nesta semana a empresa foi convodada pelo Ministério Público Federal em Marília para uma audiência pública, com objetivo de resolver uma série de denúncias contra a Microcamp que surgiram durante as edições do Mutirão da Cidadania, promovido pelo MPF em parceria com a MATRA. O Procurador da República, Jefferson Aparecido Dias, espera que--após a audiência--a empresa pare de usar de artifícios até ilegais para conseguir mais alunos. Cerca de 30 consumidores lesados participaram do encontro na sede dos Bombeiros. Entre as queixas mais comuns estavam as ligações incessantes dos vendedores e as promoções anunciadas. Representantes da Microcamp,inclusive o proprietário, do Procon e da Defensoria Pública estiveram na reunião.