Se existe uma redução da oferta de crédito por parte dos bancos para o consumidor, pequenas e médias empresas do varejo, o cheque torna-se uma rápida maneira de obter financiamento. A possibilidade de negociação direta entre o consumidor e o varejista, além da flexibilidade de prazos e parcelamentos, explicam o crescimento da preferência pelo cheque pré-datado. Mas deve existir uma relação de mútua confiança porque o cheque é uma ordem de pagamento à vista. Ao emiti-lo, ele poderá ser descontado imediatamente. Se o cheque estiver sem fundos e este for devolvido duas vezes pelo banco, o comprador passará a fazer parte do Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF) do Banco Central.
Devido à maior utilização dos cartões de débito e de crédito, muitos consumidores e lojistas estão desacostumados a preencher e receber cheques. Ambos devem ter cuidados para evitar o aumento nos índices de inadimplência e de fraude com cheques. Isto porque, do total de cheques emitidos, a fraude atinge na cidade de São Paulo o índice de 0,48%, seguido do interior do estado (0,46%). Os estados do Espírito Santo, Bahia e Pará vêm em seguida com 0,24%, 0,24% e 0,20%, respectivamente. Portanto, esses índices de fraudes são significativos perante o total da inadimplência registrada com cheques, que chega a 3%.