Acostumados à troca veloz de informações, os jovens de hoje vêem a escola como uma instituição à parte de seu mundo. A tecnologia que vem sendo aplicada em salas de aula já começa a preocupar educadores de todo o mundo. Este tipo de tecnologia usado nos dias de hoje na maioria das salas de aula vem motivando alunos a usar um processo nada convincente o chamado “copiar e colar”, onde o aluno seleciona uma página que lhe pareça interessante, ele joga o conteúdo no processamento de texto e imprimi. Pronto, o dever de casa estaria cumprido, sendo assim nem seria preciso ler sequer um livro para efetuar a pesquisa.
Para a Dirigente Regional de Ensino de Marilia, Rosemeiri Gonçalves Açafrão, a introdução da tecnologia na educação é irreversível e o “conhecimento antes da tecnologia era um ensino com mais verdade, ou seja, a verdade de anos atrás não é visto como verdade hoje”. Já nas escolas da rede estadual do município e da região existem 80% de salas de aulas apropriadas para receber os alunos para as aulas de informática, mas o uso dessas novas tecnologias ainda não vem sendo feito com rigorosidade por falta de equipamentos e professores não capacitados. “Esse exemplo, embora comum, é apenas uma amostra dos efeitos que a tecnologia pode ter nas relações do processo de ensino”, disse a dirigente. A informatização da educação se espalha pelo mundo como reflexo do ambiente de comunicações instantâneas, que oferece uma quantidade infindável de informações.
No entanto a maior parte de especialistas defende a sua utilização como forma de auxilio ao processo de aprendizagem, desde que não seja usada como fim em si mesma e não sirva apenas como chamaris para motivar os alunos. O que chama a atenção são as condições essenciais para a melhoria das escolas: a formação adequada do professor para desenvolver uma consciência critica em relação ao uso dos meios tecnológicos.
Já para a Drª Andréia Cristina Fregate Baraldi Labegalini, Coordenadora dos Cursos de Pedagogia e Letras da Universidade de Marília, A educação necessita utilizar as novas tecnologias para que não fique ultrapassada. Dentre tais tecnologias ela destaca o computador, de maneira especial a Internet. “No curso de Pedagogia desenvolvemos pesquisas, em especial a do Trabalho de Conclusão de Curso; aconselhamos nossos alunos a buscarem livros, artigos científicos, principalmente aqueles de Revistas Especializadas ou de eventos científicos importantes e a Internet tem contribuído muito positivamente nesse aspecto”.
A coordenadora ressalta ainda que alguns não compreendem que é necessário ler e elaborar o seu próprio texto, referenciando o que leu, de maneira adequada, utilizando as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e por isso os professores das disciplinas de Metodologia da Pesquisa em Educação têm muito trabalho, até que os alunos compreendam e produzam seus textos finais, que também podem um dia servir de referência. Ela acredita que o problema não inicia-se na Universidade ou Faculdade e sim de uma prática errônea desenvolvida desde o Ensino Fundamental ou Médio sobre o “fazer pesquisas”: pesquisar não é “copiar e colar” e os professores e alunos precisam ficar atentos quanto a isso.
Reportagem: Eduardo Meira