Um projeto de aquicultura implantado na penitenciária Antônio Dutra Ladeira, no município de Ribeirão das Neves, em Minas Gerais, vai dar oportunidade aos presidiários de trabalhar na criação de peixes e ao mesmo tempo melhorar a própria alimentação. A iniciativa é uma parceria do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), por meio de sua Superintendência Federal em Minas Gerais, com a Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds). Nove detentos já estão sendo treinados na atividade. Em uma primeira fase, foram estocados 1.500 juvenis, ou seja, peixes jovens, com peso médio de 50 gramas, colocados em dois tanques-rede, uma espécie de gaiola que fica submersa.
A previsão é de que uma empresa especializada forneça ao todo seis mil alevinos (filhotes de peixe) para o projeto, ao longo de oito meses. A estimativa do Ministério da Pesca e Aquicultura é que em novembro a primeira leva de peixes já estará com o tamanho ideal para a despesca, ou seja, a sua retirada da água.
Além da formação de presidiários para a piscicultura, o projeto fornecerá um alimento nobre e saudável para os detentos do presídio, por meio de produção própria. Segundo o MPA, a iniciativa em Minas Gerais poderá ser posteriormente aproveitada em outras instituições carcerárias do Brasil.
A espécie escolhida para o cultivo no presídio foi a tilápia. Nativa da África, esta espécie de água doce é uma das mais produtivas para criação em cativeiro.
fonte Secretaria de Comunicação Social
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