O Dia Mundial da Prevenção da Gravidez na Adolescência (26 de setembro) relembra a importância de conscientizar os jovens sobre a saúde sexual e reprodutiva, além de debater as diferentes opções de métodos contraceptivos. A adolescência compreende o período de 10 a 19 anos de idade, sendo marcada pela transição da fase infantil para a adulta. Neste contexto, a Organização Mundial da Saúde estima que, anualmente, cerca de 15 milhões de adolescentes ficam grávidas, o que torna a gravidez precoce um fenômeno com parâmetros mundial.
A responsabilidade de gerar e criar um filho diminui as perspectivas de um futuro promissor, especialmente quando não há respaldo familiar. O início precoce da relação sexual também aumenta a possibilidade de gravidez não planejada ou os riscos de contágio de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Uma pesquisa coordenada pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) em parceria com a Bayer Schering Pharma, com 1.889 mulheres, aponta que 33% tiveram sua primeira relação sexual antes dos 16 anos, sendo que 28% das entrevistadas já fizeram sexo casual, com relação íntima no primeiro encontro. Os dados sobre uso de métodos contraceptivos revelam ainda um índice alarmante: 67% das mulheres não pedem para o parceiro usar preservativos em todas as relações sexuais, demonstrando a fragilidade na preocupação com o contágio de DSTs.