Terceira causa mais frequente de mortes em homens e quinta em mulheres no Brasil, o câncer de estômago atingiu aproximadamente 21.500 pessoas em 2010, de acordo com a estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Segundo o relatório divulgado, a incidência da doença é maior nos países em desenvolvimento e prevalece no sexo masculino. O presidente da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED), Sérgio Bizinelli, afirma que mudanças de hábitos reduzem em 50% a probabilidade de a doença se desenvolver como a ingestão de frutas, verduras, legumes crus, controlar o peso, e evitar consumo de bebidas alcoólicas, alimentos gordurosos e o fumo.
Vários fatores causam a pré-disposição para a doença: condições ambientais (saneamento básico, limpeza urbana e costumes da população, o que propicia infecção no organismo, gastrite, úlcera, além de ser um dos principais fatores de risco para aquisição do tumor); fumo (a nicotina e outras substâncias estimulam doenças como gastrite e úlcera para uma neoplasia maligna); hábitos alimentares inadequados (alimentos gordurosos, muito salgados, mal conservados e sem a limpeza correta); e genética.
De acordo com o médico patologista e presidente da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), Carlos Renato Melo, o câncer gástrico não tem sintomas peculiares no início da doença, mas é importante o paciente ficar alerta caso tenha náuseas, vômitos, desconforto abdominal, sensação de estômago cheio e perda de peso constante, pois estas reações atingem tanto pessoas com doenças facilmente curáveis, mas também podem indicar algo mais grave. Já no estágio avançado, o patologista afirma que há o aumento do fígado e da região superior do abdome, que são visíveis, podendo ainda haver sangramentos estomacais, porém não são muito comuns.
fonte RS Press