Férias escolares e os bons ventos combinam com a tradicional brincadeira de infância, soltar pipa ou papagaio pelas ruas. Divertida, a atividade requer cuidados e principalmente vigilância. Isso porque é nesta época do ano que se intensificam os acidentes com linha de cerol. O risco desses acidentes costumam ser muito graves.
Um dos principais alvos são os ciclistas e motociclistas. As vítimas são surpreendidas com as linhas bezuntadas da mistura, muitas vezes fatal, de cola e vidro moído. Os ferimentos provocados pela linha com cerol podem ser superficiais ou profundos e ocorrem, principalmente, na região cervical, membros inferiores e mãos.
Os ferimentos nas mãos e pernas são mais comuns com quem está soltando papagaio, seja na hora do preparo ou mesmo se enroscando na linha com cerol. A possibilidade de complicar com infecção é o principal temor. Em casos mais graves, há o risco de perda do membro por infecção. Por ser uma lesão corto-cortante, o tratamento consiste em suturar o local e tratar as infecções. Para evitar o problema, a dica é instalar antenas de proteção em motos e bicicletas. Mas a educação e a punição dos responsáveis ainda é a melhor saída para evitar esses acidentes.