O Ministério da Saúde lançou um conjunto de medidas para ampliar a assistência no Sistema Único de Saúde (SUS) a vítimas de infarto agudo do miocárdio. Essa é a principal causa de mortes atualmente no Brasil, juntamente com Acidente Vascular Cerebral (AVC). As ações fazem parte da rede Saúde Toda Hora, lançada este ano pelo governo federal, e prevêem unidades com leitos aos pacientes de síndromes coronarianas, instalação de UTIs específicas em todas as regiões do país, inclusão de medicamentos, aumento de valores de procedimentos e instalação de tele-eletrocardiograma nas ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192). O investimento será de R$ 234,4 milhões até 2014.As medidas,anunciadas na abertura do 66º Congresso Brasileiro de Cardiologia, em Porto Alegre, entrarão em consulta pública no site do Ministério da Saúde, por 30 dias. Englobam a construção de 39 Unidades Coronarianas nas 10 Regiões Metropolitanas do país com o maior número de infartos. Cada Unidade Coronariana contará com 10 leitos de UTI Coronariana, destinados aos pacientes de síndromes coronarianas (como pacientes com infarto ou com angina, por exemplo). Nessa ação específica, são previstos R$ 39 milhões para obras e equipamentos.
NOVIDADES - No evento, o ministro Padilha assinou portaria que instituiu a consulta pública. É prevista a implantação de mais 150 leitos de UTI Coronariana em outras 27 Regiões Metropolitanas, com um investimento de R$ 15 milhões em obras e equipamentos. Neste caso, poderão ser criados novos leitos ou, então, transformados em leitos de UTI Coronariana uma parte dos leitos de UTI adulto já existentes em hospitais dessas regiões, conforme a demanda. O custeio desses 540 novos leitos de UTI Coronariana, sejam nas Unidades Coronarianas ou em outros hospitais, é estimado em 157,68 milhões por ano.
Outra novidade é a inclusão de dois medicamentos para o tratamento do infarto agudo do miocárdio no SUS, com distribuição gratuita para pacientes internados – o Clopidogrel, usado de 6 a 9 meses, em média, para tratamento pós-infarto; e trombolíticos, medicamentos usados para quebrar o trombo que está obstruindo a artéria coronariana, logo após o infarto. Essa inclusão custará R$ 134,4 milhões.
fonte Ministério da Saúde