Atualmente, o câncer de testículo atinge de 3 a 5 homens brasileiros em cada grupo de 100 mil. A incidência é maior em brancos e jovens do que em negros. Não há uma causa específica para a doença, mas os médicos observam que a hereditariedade é fator determinante em muitos casos. Confira a entrevista com o médico oncologista Volney Lima, da Oncomed-BH, e saiba mais sobre a doença.
1. Quais são os sintomas dessa doença?
O sinal mais comum é o aumento do volume de um dos testículos, normalmente indolor na fase inicial.
2. É possível preveni-la?
Não existem estratégias claras para sua prevenção e o que se deve incentivar é o diagnóstico precoce.
3. Que tipo de paciente tem mais chance de ter esse tipo de câncer? Jovens ou velhos?
O câncer de testículo ocorre com maior freqüência em pacientes jovens, sendo o tumor sólido mais comum entre homens de 15 e 35 anos idade. Há algumas condições que aumentam as chances de se ter o câncer: história de criptoquirdia (quando um ou dois testículos não descem para a bolsa escrotal) e diagnóstico de síndrome de klinefelter (quando o homem tem um cromossomo X adicional - XXY) . A incidência da doença é maior em brancos do que em negros.
4. A vida sexual influencia no aparecimento ou não desse tipo de câncer?
Não.
5. Há grande incidência dessa doença no Brasil? E no mundo?
Ocorrem cerca de 10.000 casos por ano nos EUA. No Brasil, a incidência é de 3 a 5 casos para cada grupo de 100.000 indivíduos.
6. Pode ser hereditário?
Associação familiar vem sendo reportada, principalmente entre irmãos.
7. Cigarro e cerveja podem aumentar as chances de um homem ter esse tipo de câncer?
Não.
8. Tem cura? Se sim, como é o tratamento?
O câncer de testículo é uma neoplasia curável na maioria dos casos. O tratamento consiste inicialmente na retirada do testículo, que deve ser feita por urologista utilizando a via inguinal (virilha). Os demais tipos de tratamento são empregados dependendo da fase em que a doença é diagnosticada e incluem quimioterapia, radioterapia e cirurgia com retirada de gânglios retroperitoneais (gânglios linfáticos na porção posterior do abdômen). Importante mencionar que esse tumor é curável mesmo em fases mais avançadas da doença, graças às altas taxas de respostas obtidas pelo tratamento de quimioterapia.
fonte maxpress
ilustração internet