quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Empresas devem usar financiamento para pagar 13º salário

Mais de 29% das empresas consultadas pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) devem recorrer a financiamento de terceiros, principalmente empréstimos bancários, para arcar com o pagamento do 13º salário no final deste ano. Em 2013, o número apurado foi inferior: 27,5%. Já o percentual de indústrias que devem utilizar as reservas provisiona das durante o ano para pagamentos dessa natureza caiu para 45,7% em 2014 ante 49,3% em 2013.
Os números são da pesquisa Rumos da Indústria Paulista (http://www.fiesp.com.br/indices-pesquisas-e-publicacoes/rumos-da-industria/) , que avalia anualmente as dificuldades do setor industrial para pagar o 13º salário. A pesquisa ouviu 578 empresas entre 1 e 27 de outubro, sendo 61,2% delas de pequeno porte (até 99 empregados), 32% de médio porte (de 100 a 499) e 6,8% de grande porte (500 empregados ou mais).
O levantamento revela um dado preocupante: além da maior procura por financiamento de terceiros, o crédito está mais restrito e mais caro.

Pagamento do 13º

A pesquisa revela crescimento no número de empresários que devem recorrer ao financiamento de terceiros, principalmente bancos, para pagar o 13º salário. E o aumento das dificuldades no acesso a esse crédito e dos custos com esse capital.
O levantamento da Fiesp apurou que 29,2% das empresas ouvidas devem recorrer ao capital de terceiros, o maior percentual desde 2008, quando 31,5% das indústrias afirmaram utilizar financiamento de terceiros. Enquanto isso, 45,7% das empresas entrevistadas afirmaram que devem utilizar o saldo provisionado pelo faturamento do ano para fazer os pagamentos, a menor taxa desde o início da série em 2008.
Das empresas que estão recorrendo a bancos para pagar o 13º, 68,6% afirmaram que encontraram mais dificuldades no acesso ao crédito. Além disso, o custo do crédito ficou muito mais caro para 27,1% das empresas e mais caro para 51,9% dos entrevistados.
O gerente do Depecon explica que a indústria de transformação foi o setor que mais sofreu com os desequilíbrios da economia. "Então, quando a indústria do país para, isso se espalha para a economia."

fonte: Fiesp/Maxpress