terça-feira, 11 de novembro de 2014

17 de novembro - Dia Mundial da DPOC

Difícil acesso ao diagnóstico e desconhecimento da doença são os principais entraves

Aproximadamente 15% da população paulistana com mais de 40 anos sofre de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), patologia que possui como características a falta de ar, a tosse, o cansaço aos esforços e a insuficiência respiratória.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, é a quarta causa de óbito no mundo, atrás apenas do infarto do miocárdio, câncer e doença cerebrovascular. As projeções da OMS mostram que será a terceira causa de morte no mundo até 2030. No Brasil, a doença mata cerca de 40 mil pessoas por ano.
Os custos da DPOC chegam a R$ 100 milhões anuais para os cofres públicos - cerca de 70% dos pacientes dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) para a realização do tratamento, conforme o relatório do Fórum DPOC e Saúde Pública: Atendendo as necessidades dos pacientes, organizado pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).
Causada pelo cigarro em 90% dos casos, além da análise clínica, é preciso diagnosticar com a realização da espirometria, teste que mede a função pulmonar. Cerca de seis milhões de pessoas no Brasil são portadores desta doença, no entanto, até 88% deles não recebem a confirmação da patologia, muitas vezes por falta de espirômetro disponível nos serviços de saúde.
“O acesso ao teste ainda é defasado, o que resulta em uma demanda reprimida muito alta. É preciso ampliar a disponibilidade, aumentando as chances de diagnóstico precoce”, destaca dr. Oliver Nascimento, presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia.
Não há cura para a DPOC, entretanto, a cessação ao tabagismo e o diagnóstico precoce são imprescindíveis para um tratamento bem sucedido e a redução dos altos custos da doença. Mesmo com a alta incidência, existem poucos centros de referência especializados; poucos deles distribuem medicamentos ou avaliam o desempenho dos pacientes.
Também faltam profissionais capacitados para diagnosticar corretamente. Isso atrasa o encaminhamento dos portadores da doença ao pneumologista para a confirmação diagnóstica e orientação terapêutica, retardando a detecção da doença e acarretando em um impacto econômico duplo: para o paciente e para o governo.


fonte Acontece Comunicação e Notícias