No próximo dia 14 de novembro, segunda, é Dia Mundial do Diabetes e, com o objetivo de alertar o público em geral sobre o impacto da doença, formas de prevenção e tratamento, a ortopedista especialista em pé e tornozelo do Hospital e Maternidade Celso Pierro da PUC-Campinas, Cíntia Bittar, explica sobre essa doença que pode atingir os membros inferiores. Estima-se que 5 milhões de brasileiros entre 30 e 69 anos tenham diabetes. Entre eles, 15% que têm a doença por pelo menos 10 anos, podem apresentar úlcera nos pés, e 85% desses pés ulcerados podem vir a ser amputados. Pouco conhecido, o pé diabético é uma doença que se não tratada devidamente pode até levar a morte. “Ao contrário do que muita gente pensa, a diabetes e o pé diabético não são causadas diretamente pelo açúcar, mas sim pelo acúmulo de derivados desse açúcar em nervos e micro vasos sanguíneos”, explica Cíntia. Esse problema resulta em sintomas como formigamento dos pés, desequilíbrio, ressecamento da pele, queda de pêlos e propensão a infecções locais e generalizadas.
Segundo a especialista, o diagnóstico da doença é simples. “Um exame clínico adequado pode preveni-la”, diz. Porém, cuidados podem ser tomados antes mesmo de se ir ao médico. “Deve-se olhar os pés diariamente em busca de rachaduras e ferimentos. Isto é importante pelo fato deles poderem evoluir para úlceras com infecções”, ressalta.
Utilizar sapatos macios e largos, sem costuras internas e de tamanho adequado para evitar as bolhas é uma outra dica de prevenção. Além disso, se houver a aparição das bolhas, elas devem ser perfuradas de forma estéril e não com um alfinete ou algo semelhante e sempre com orientação médica. “Hoje em dia já existem até calçados especiais para os portadores da doença. Mas a educação do paciente é o melhor tratamento de prevenção do pé diabético”, completa.
fonte maxpress