domingo, 15 de julho de 2012
Tomate de mesa tem alta de 52,75% na primeira quadrissemana de julho
O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR), que mede os preços pagos ao produtor rural, subiu 1,51% na primeira quadrissemana de julho, de acordo com o Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Bem acima deste patamar ficou o índice de preços dos produtos de origem animal, com alta de 3,24%. Já o índice de preços do grupo de produtos vegetais apresentou variação positiva de 0,87%.
Por produto, as altas mais significativas ocorreram nos preços do tomate para mesa (52,75%); da batata (26,78%); dos ovos (11,78%); da carne de frango (10,70%) e do trigo (7,74%). Chuvas (inclusive de granizo), que reduziram a oferta de tomate para mesa nas regiões produtoras nas últimas semanas, e a colheita de variedades mais valorizadas provocaram a acentuada elevação nos preços, segundo os pesquisadores Luis Henrique Perez, Danton Leonel de Camargo Bini, Eder Pinatti e José Alberto Angelo.
Já o aumento nos preços da batata reflete o efeito das chuvas extemporâneas que dificultam a colheita do tubérculo e seu transporte ao mercado, associado à entrada de variedade mais valorizada. No setor animal, o reajuste nos preços dos ovos deu-se em virtude de menor produção no período, que ajustou a oferta ao consumo, recuperando a defasagem das cotações do produto. E a redução do alojamento de pintinhos ocasionou o ajuste na produção de carne de frango, em relação ao consumo no mercado interno associado aos bons resultados das exportações. As quedas mais expressivas foram verificadas nos preços da laranja para mesa (26,35%); do feijão (13,60%); da carne suína (8,01%); da banana nanica (7,85%) e do café (5,62%). A falta de mercado para laranja de indústria (grande safra e queda no volume exportado, especialmente de suco não-concentrado) deixou poucas alternativas ao citricultor, afetando o preço da laranja para mesa, além do menor consumo in-natura devido às temperaturas mais baixas.
A íntegra da análise está disponível no site www.iea.sp.gov.br