segunda-feira, 12 de março de 2012

Indústria terá redução de taxas sobre salário

O governo brasileiro vai desonerar a folha de pagamento da indústria, com a isenção da taxa de recolhimento ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que atinge 20% sobre o ganho do trabalhador. A medida integra a iniciativa do governo de reduzir os custos trabalhistas da indústria para que o setor melhore seu desempenho no comércio internacional. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que, em janeiro, a produção industrial teve queda de 2,1% ante dezembro e ao longo do ano passado, a atividade no setor cresceu l,6%, abaixo da média do Produto Interno Bruto (PIB) do País, que alcançou 2,7%.
O incentivo deverá ser compensado com uma alíquota a ser cobrada sobre o faturamento, mas cujo percentual ainda está em estudo. A medida foi anuncia pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, na sexta-feira (9). Ele previu que a desoneração deve elevar o nível de competitividade com os importados. O ministro disse ainda que novos segmentos, que não foram contemplados no Plano Brasil Maior, poderão ter a isenção. E que está conversando com empresários, convidando novos setores a entrar, e discutindo qual alíquota substituirá o pagamento do INSS.
O ministro destacou que, após a crise financeira de 2008, houve uma intensificação da concorrência “muitas vezes desleal. Todo o mundo está desesperado para exportar e o Brasil, como vai indo bem, tem um mercado forte e [por isto] é mais visado”, disse.
Outras medidas
Além de medidas de incentivos para estimular o setor manufatureiro, o ministro sinalizou que o governo poderá tomar ações complementares às que já vêm adotando para evitar o desequilíbrio cambial. Mantega deu essas informações após reunir-se, em um almoço oferecido pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), com 20 lideranças empresariais.
Sobre a possibilidade de o governo alterar a taxa de rendimento da caderneta de poupança, Mantega descartou a hipótese, ao dizer que a rentabilidade da taxa básica de juros (Selic) é maior. Na quarta-feira o Comitê de Política Monetária (Copom) fez um corte de 0,75 ponto percentual na Selic que passou a ser de 9,75% ao ano.

Fonte:
Agência Brasil